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DAN BROWN - CIÊNCIA X RELIGIÃO - INFERNO

  • Foto do escritor: Angers Moorse
    Angers Moorse
  • 26 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

Embora a história do livro possa não parecer tão turbulenta assim, traz um contraponto interessante na disputa entre ciência x religião: o controle populacional. Afinal, aquela velha máxima bíblica “crescei e multiplicai-vos” ainda vale para os tempos atuais?


Aqui, o professor Langdon acorda em um hospital, sem saber o que aconteceu e com falta de memória. E, para piorar, ainda é perseguido e levado a uma fuga insana, incluindo pesadelos com a obra O Inferno de Dante Alighieri. E uma mulher misteriosa chamada Sienna Brooks parece saber muito mais que aparenta.


Como se isso não fosse pouco, descobre aos poucos que Bertrand Zobrist tinha um plano maligno em curso e que precisaria unir forças com um amor do passado e novos “amigos” para conter um vírus altamente perigoso, cujos efeitos Siena revelaria ao final da trama.


Bertrand era um geneticista bilionário que havia descoberto uma forma de conter o avanço populacional, uma vez que a humanidade caminhava a passos largos rumo à própria extinção. E qual a solução? Impedir que mulheres engravidem… simples assim. Simples e polêmico!


Obviamente, o catolicismo condena toda e qualquer forma de anticoncepcional, pois vai contra a natureza humana, que é procriar e dar continuidade à espécie. Algo “ensinado” por Jesus (entenderam a ironia aí?) e difundido de geração em geração. Mas, até que ponto gerar vidas sem ter uma estrutura mínima é amar ao próximo e valorizar a vida, ensinamentos estes que Jesus nos deixou? Olha o tamanho da contradição.


Por sua vez, a ciência sabe que, se algo não for feito em breve, estaremos caindo em um precipício sem volta. Aliás, já estamos a passos largos ao precipício, pois os números de nascimentos não param de crescer e, para piorar, justamente nos países mais subdesenvolvidos e nos quais não há estrutura mínima para garantir dignidade, saúde e segurança para que essas vidas possam seguir firmes e fortes.


Para mim, é disparado o melhor livro de Dan Brown. Não somente pela dinâmica entre os personagens e pelo final maravilhoso e aterrorizante, mas, também, pela temática central. Acaba sendo um aviso à humanidade de que dias horríveis ainda nos aguardam e que, de um jeito ou outro, a natureza encontra uma forma de equilibrar a relação natalidade/mortalidade… Covid-19 está aí para nos provar isso.




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