RESENHA ADÃO NEGRO - SEM SPOILERS
- Angers Moorse
- 21 de out. de 2022
- 4 min de leitura

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
Ontem (20/10), fui ao cinema para assistir ao filme Adão Negro, com o astro Dwayne “The Rock” Johnson no papel do protagonista. Conforme prometido, trago a vocês agora minha resenha SEM SPOILERS, trazendo minhas impressões e o que gostei e não gostei no filme. Para a próxima semana, trarei a resenha COM SPOILERS, falando sobre detalhes, referências e possíveis ligações para o futuro da DC.
Mas chega de enrolação e vamos ao que interessa. Sabe aquele filme que te gera um hype imenso e entrega todo o prometido? Pois bem, temos um filme que entrega tudo e muito mais. Não faltou ação, porradaria franca e muitas cenas eletrizantes. Rolou até uma cena com referências a X-Men (mas falaremos disso na próxima resenha). Se sua intenção é um filme para curtir sem pressão e sem compromisso, Adão Negro é a pedida certa.
Para quem me conhece, sabe que sempre fico com um pé atrás com roteiros. Sempre fico na torcida para não dar ruim, mas vou sem esperar algo tão coeso e encaixado, afinal, minhas últimas experiências não têm sido tão agradáveis assim. Porém, não é o que vemos neste filme, que trouxe uma trama muito bem-feita e despretensiosa.
A escolha do elenco também foi acertada. Não senti nenhuma mosca-morta durante o filme, com cada personagem tendo seu tempo de tela e interações de forma muito agradável. Apenas um dos personagens me desagradou até mais ou menos a metade do filme, mas depois ficou aceitável. Fora isso, acertaram na escolha.
Esmaga-Átomo (Noah Centineo) e Cyclone (Quintessa Swindel) ficaram excelentes nos papéis e trouxeram leveza à formação da Sociedade da Justiça, mas sem deixarem o lado poderoso de lado. Aliás, os efeitos da Cyclone quando utiliza seus poderes ficou lindo pra caramba! e quanto ao Esmaga-Átomo, ficou muito massa e sem tantas piadinhas como o Homem-Formiga de Scott Lang. A propósito, confesso que shippei a Cyclone e ele no filme… até que formaram um casalzinho muito cuti!
Ísis (Sarah Shahi) e Amon Tomaz (Bodhi Sabongui) também foram muito bem nos papéis, com uma ressalva ao Amon… vocês entenderão melhor na resenha com spoilers. Os dois movimentaram a trama e foram impactantes para as decisões tomadas pelos personagens. Outro que gostei bastante foi Amer (Mohhamed), além de Amanda Waller (Viola Davis) e Sabbac (Marwan Kenzari), que foi um antagonista porreta demais.
The Rock não poderia ter sido mais perfeito para o papel de Adão Negro. Em todas as cenas nas quais apareceu, mostrou o porquê de ser um dos atores mais bem pagos e uma das maiores referências de ação de Hollywood. Sobrou braço decepado, corpo dilacerado, amassado e eletrocutado, crânio esmagado e até mesmo personagem rasgado ao meio… e isso sem contar os mísseis desviados, helicópteros arremessados e outras coisas, mostrando que é casca grossa demais. Mas não foi somente isso… conseguimos nos conectar a ele e suas motivações e porquês para suas atitudes violentas, a famosa Jornada do Herói.
Agora, quem roubou a cena foram os personagens Gavião Negro (Aldis Hodge) e Senhor Destino (Pierce Brosnan). Para mim, os dois e The Rock já compensaram a ida ao cinema, pois foram sensacionais. As tretas constantes entre Gavião Negro e Adão Negro e o humor sutil do Senhor Destino ficaram ótimas, isso sem contar o aspecto visual, praticamente idênticos aos quadrinhos. Meus únicos pensamentos quando esses dois apareciam em cena era “já pensou ver Gavião Negro x Capitão América e Senhor Destino x Doutor Estranho?”.
Curti muito o vilão final do filme, embora tenha pouco tempo de tela, mas achei o visual muito show. Inclusive, a luta entre ele e o protagonista ficou insana demais! Ah, e antes que eu esqueça, há apenas uma cena pós-créditos, antes dos créditos finais. Se realmente cumprirem a promessa feita nesta cena, começo a ver uma luz no fim do túnel para a DC… e bem brilhante, por sinal.
Em resumo, um filme para curtir sem pressão e sem o compromisso de abordar questões controversas e polêmicas ou de deixar mensagens fortes e marcantes aos espectadores. Como o foco do filme foi na ação e pancadaria, o roteiro não comprometeu em nada a experiência, mesmo sendo apenas aquele mais do mesmo (a famosa “fórmula Marvel”). Apenas a ressalva de um personagem muito irritante até a metade do filme, mas que depois até deu para tolerar.
Trilha sonora muito top, fotografia, CGI e efeitos especiais fantásticos, principalmente envolvendo o Senhor Destino. The Rock mostrou que não está para brincadeiras e, conforme sua promessa, entregou um baita filme de super-heróis. Na minha opinião, nota 9/10 e muito (mas muuuuuuito) melhor que Thor: Love & Thunder, um pouco melhor que Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e pau a pau com The Batman, só perdendo até agora para Top Gun: Maverick no contexto geral dos filmes de 2022.
Ainda pretendo assistir e resenhar A Mulher Rei que, pelos trailers apresentados, é outro filmaço, e Pantera Negra: Wakanda Forever, que vem com um hype gigantesco. Só depois desses dois terei certeza se posso cravar Adão Negro como Top3 dos filmes lançados em 2022, mas na categoria Marvel/DC, já está nessa lista, sem dúvidas. E outra coisa: se a promessa feita na cena pós-créditos realmente se cumprir e não nerfarem o personagem, a promessa feita por The Rock sobre o Adão Negro mudar a hierarquia de poder dentro da DC poderá ter dado seu primeiro passo. Sinto cheiro de coisa boa chegando pela frente!
Na próxima semana, trarei a resenha COM SPOILERS e, aí sim, vamos destrinchar tudo o que rolou, aquele ponto crítico envolvendo um dos personagens da trama, as minhas cenas favoritas e o que pode vir pela frente na DC a partir da cena pós-crédito. Respire fundo e voe alto!
Comentários