RESENHA - PERDIDA
- Angers Moorse
- 19 de dez. de 2023
- 3 min de leitura

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
Se há algo que nos faz coçar a cabeça é quando há um anúncio de adaptação de um livro para filme ou série. Fale a verdade, quantas vezes você já se pegou pensando “ih, será que ficará bom ou ruim”? Pois bem, trago notícias sobre o filme Perdida, lançado em 13 de julho deste ano (e que só agora consegui trazer a resenha).
O longa é uma adaptação do livro da escritora Carina Rissi e traz uma mistura encantadora de romance à moda antiga com um toque moderno de fantasia. Com direção de Katherine Chediak Putnam e Luiza Shelling Tubaldini, conta a história de Sofia (Giovana Grigio), uma jovem do século XXI que se vê misteriosamente transportada para o século XIX e vive seu conto de fadas real.
Antes de mergulharmos no elenco, é preciso destacar os aspectos técnicos. Iluminação, cenários e trilha sonora trabalham de forma muito síncrona e intensa ao longo de toda a trama, sem exageros ou ausências marcantes, transportando o espectador para um mundo de conto de fadas. Além disso, figurino e maquiagem são um show à parte, trazendo algumas cenas bem interessantes em relação à combinação de roupas modernas do mundo de Sofia no ambiente mais romântico do séc. XIX.
Sobre a trama em si, um dos destaques é a leveza e graça com que a trama se desenrola. Não é uma obra que busca oferecer profundas reflexões existenciais, mas sim uma agradável escapada da realidade, repleta de risadas e momentos fofura. E nesse ponto é necessário dar o devido destaque aos protagonistas.
A química entre Sofia e Ian Clark (Bruno Montaleone) é visível o tempo todo, fazendo com que o espectador se envolva em cada etapa do seu romance. As pitadas de humor geracional adicionam certo charme, mantendo a narrativa divertida. Para mim, a atuação de Giovana Grigio é impecável… impossível não se encantar por ela logo na primeira cena. Capturou muito bem a essência de uma mulher moderna perdida em um mundo antigo.
As diferenças entre o livro e o filme são perceptíveis, mas nunca prejudicam a essência da história. Por exemplo, no livro, Sofia é uma profissional do mundo corporativo com uma formação em Administração, navegando pelas complexidades de um escritório. Já no filme, essa realidade é substituída por um cenário literário, sendo retratada como uma editora de livros apaixonada com graduação em Letras.
Outra alteração é sobre a mágica que transporta Sofia para o passado. No livro, um incidente com seu celular em uma loja leva à aquisição de um aparelho que atua como um portal para o século XIX. Por outro lado, no filme, a jornada de Sofia começa com um gesto simples de bondade - o empréstimo de um celular por uma taxista - que se transforma em um evento misterioso e fantástico, levando-a a um mundo completamente diferente.
Essas mudanças são sutis, mas significativas, pois adaptam a história para um meio visual, mantendo o encanto e a maravilha do livro. Enquanto o livro permite uma exploração mais profunda dos pensamentos e sentimentos de Sofia, o filme coloca um foco maior no visual e no romance. Porém, a essência é mantida nos dois formatos, muito por conta da brilhante participação da autora como roteirista e consultora.
Em resumo, “Perdida” é uma história de amor e aventura, com um toque de comédia e magia, ideal para quem busca uma escapada encantadora da realidade. Além disso, algumas frases são bem marcantes no longa, trazendo pensamentos e reflexões muito interessantes, principalmente para nós escritores. Nota 10 para a produção!
E aí, o que achou do filme? Qual sua opinião sobre as diferenças entre livro e filme? E você deixaria o mundo moderno para viver um conto de fadas no século XIX?? Fale para nós nos comentários e siga acompanhando nossas resenhas. Respire fundo e voe alto!
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