RESENHA - DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA (SEM SPOILER)
- Angers Moorse
- 18 de mai. de 2022
- 4 min de leitura

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
Na última quarta-feira à noite (04/05), fui ao cinema assistir a pré-estreia de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Conforme prometido, trarei aqui uma resenha SEM SPOILERS e na próxima semana, a resenha COM SPOILERS. Portanto, pode ler à vontade, pois apenas quero trazer minha opinião a respeito de atuações e aspectos técnicos do filme.
Após muitos vazamentos, rumores, spoilers, comerciais e TV spots, precisei dar uma controlada no hype (que não era pequeno não) antes de ir para o filme, de modo a não estragar a experiência. E funcionou? Para mim, funcionou bem demais. Aí você pode estar me perguntando agora: isso quer dizer que o filme foi ruim? Antes de responder a essa pergunta, preciso falar sobre o filme.
A direção de Sam Raimi e sua pegada mais sombria está lá o tempo todo, e isso fica ainda mais em evidência em vários momentos. Apesar disso, o filme não é tão aterrorizante quanto andam dizendo, muito embora algumas cenas arranquem aquele susto e gelo na espinha.
Sobre o roteiro, estava receoso por conta das inúmeras promessas x tempo de duração do filme, que foi de 2:06h. Contudo, não identifiquei furos perceptíveis ou que prejudicasse a trama. A história é frenética, com ação, suspense e algum terror desde a primeira até a última cena. e não acho que o filme foi atropelado demais, pois tudo teve alguma explicação pontual e que deixou tudo muito claro, principalmente sobre o Multiverso. está tudo ali, basta prestar atenção.
A fotografia do filme é brilhante, seja nas realidades mais coloridas, seja nas mais sinistras. Os takes de câmeras e recursos de close-caption e zoom foram muito bem usados e abusados, sem prejudicar a profundidade das cenas. Aliás, esses recursos chegaram a melhorar ainda mais algumas cenas de suspense do filme, trazendo momentos assustadores e macabros.
Sobre as atuações, Benedict Cumberbatch está magnífico em todas as suas versões A sinergia dele com os demais personagens é excelente, principalmente nas conversas com a Feiticeira Escarlate ou com o Wong. Falando nele, Benedict Wong deu show nesse filme! Logo na primeira cena, ele mostra que não está ali para ser coadjuvante, mesmo não sendo seu próprio filme. Aliás, esse personagem merecia um filme solo, não acham?
Elizabeth Olsen é maravilhosa no papel, seja como boa mãe e pessoa, seja assumindo seu lado mais sombrio e letal. O olhar dela como Feiticeira Escarlate é assustador e hipnótico ao mesmo tempo, fazendo com que estejamos na torcida por ela o tempo todo. Inclusive, eu passei muito pano para ela do início ao fim. E você, passou seu paninho também para nossa amada Wanda?
Gostei bastante do Chiwetel Ejiofor como Barão Mordo. nas cenas em que ele apareceu, demonstrou muita atitude e seriedade. Acho que a escolha dele para o papel foi acertadíssima desde o primeiro filme, embora esperasse um pouco mais da presença dele em tela em alguns momentos. Outra personagem que brilhou no filme foi a Dra. Christine Palmer (Rachel McAdams). Além de belíssima, a atriz passou muita segurança, firmeza e personalidade em suas cenas. Agora, se teve uma personagem que me despertou algumas reações, foi a America Chavez.
Sua intérprete, a atriz Xochitl Gomez, fez seus testes para o papel aos 13 anos e se juntou à equipe aos 14 anos. E, mesmo com pouca idade, mostrou enorme maturidade, seriedade e competência no papel. A interação dela com Wong, Doutor Estranho e até mesmo com Wanda/Feiticeira Escarlate soou tão natural que parecia que ela era a própria personagem.
Preciso dizer que fiquei extremamente feliz com as cenas dela e também chocado e indignado com o fato de que alguns países baniram a exibição do filme pelo fato de que a personagem é representante do movimento LGBTQIA+ nas HQs. No filme, houve apenas uma cena rapidíssima que fez apenas uma brevíssima alusão a isso, sem qualquer tipo de intenção de lacrar ou fazer média com esses movimentos (aliás, achei linda essa cena).
É inadmissível esse tipo de postura e precisamos lutar contra esse tipo de censura… fica minha indignação e respeito à personagem e sua intérprete, que sofreu ataques de pessoas homofóbicas, inclusive. Espero ver muito mais dela nas próximas produções da Marvel, pois me encantei demais com ela e com o que ela deixa como promessa no final do filme.
Sobre participações especiais? Sim, tivemos algumas, mas falarei sobre elas na resenha COM SPOILERS. Apenas posso dizer que a gritaria na sala foi insana quando eles apareceram. Ah, e o filme possui DUAS cenas pós-créditos. Portanto, fiquem até o final do filme.
O filme termina de forma surpreendente (pelo menos, para mim foi) e deixa algumas portas abertas bem interessantes para o futuro dos personagens no UCM. Dicas para assistir ao filme: não acredite em spoilers, rumores e vazamentos, baixe um pouco suas expectativas antes de ir ao cinema e vá de coração aberto. Com essas dicas, sua experiência será a melhor possível.
Poderia ser melhor? Sim, poderia. Poderia hypar mais? Sim, poderia. Mas, levando-se em conta tudo o que foi especulado, vazado e teorizado e o que o filme mostrou (famoso FAKE x FATO), achei que ficou show. Minha nota? 9,0! Semana que vem, trarei a resenha COM SPOILERS, falando sobre aparições, formação dos Illuminati, multiversos e tudo o que rolou. Respire fundo e voe alto!
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