RESENHA HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA - SEM SPOILERS

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!

No último dia 15/02 fui à pré-estreia do filme Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, o terceiro filme do herói e pontapé inicial da Fase 5 do MCU. Conforme prometido, trago a vocês agora minha resenha SEM SPOILERS, abordando os aspectos mais técnicos do filme e minhas impressões, o que gostei e o que não gostei no filme. Para a próxima semana, trarei a resenha COM SPOILERS, falando sobre referências, ligações com o MCU, easter-eggs e as duas cenas pós-créditos.

Depois da decepção dos fãs com os filmes da Fase 4, a expectativa para o início da Fase 5 estava alta. Bom, opinião cada um tem a sua e para mim, a Fase 4 não foi essa tragédia toda que os fãs dizem. Teve filmes muito bons como Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e Eternos e, obviamente, teve as bombas como Thor: Love & Thunder. Mas quem vive de passado é museu e arqueólogo, então, vamos ao presente, afinal, “o tempo não é o que aparenta ser”, nas palavras do próprio Kang, O Conquistador.

Para começar, o filme tem uma pegada muito Star Wars e quem curte essa vibe vai amar. Tanto as naves, quanto os personagens e cenários lembram muito a franquia de George Lucas, algo que gostei muito por ser o primeiro filme da Marvel que veio com essa pegada… meu primeiro ponto positivo do filme.

Falando sobre o elenco, Scott Lang (Paul Rudd) mandou bem, sem forçar o lado pastelão e comediante, mas mandando umas piadinhas bem sutis e pontuais lá e cá. Hope Van Dyne (Evangeline Lilly), Hank Pym (Michael Douglas) e Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer) também foram muito bem, com destaque para a Janet. Achei bacana como trouxeram seu passado dentro do Reino Quântico antes de ser resgatada, cheia de mistérios e situações mal resolvidas.

Outros personagens novos também marcaram presença no filme, como o Lord Krylar (Bill Murray), Red Sonja (Hannah John-Kamen) e o humanoide amigo de Red Sonja (Tony McCarthy). Apesar de presenças rápidas, todos tinham alguma ligação com Janet, justificando suas presenças na trama.

Agora, falando dos três personagens que mais causaram frisson nas redes sociais, vamos falar de M.O.D.O.K. (Corey Stoll), Cassie Lang (Kathryn Newton) e Kang, O Conquistador (Jonathan Majors). Começando por Cassie, achei ela muito fofa, um amorzinho, mas não se enganem com essa carinha de anjo porque ela tem personalidade forte e sabe sair na porrada quando é preciso.

Achei superbacana a nova relação dela com a família por conta do blip do Thanos e Scott tentando reatar seus laços com a filha. Embora tenha achado Cassie doce demais para o papel, foi apenas sua estreia no MCU e provavelmente ela se desenvolverá muito ainda até a formação dos Jovens Vingadores.

Sobre M.O.D.O.K. (Organismo Mental Desenvolvido apenas para Matar ou, no original, Mental Organism Designed Only For Killing), o bizarro e clássico vilão da Ms. Marvel e Capitão América nas HQs teve sua origem alterada para o filme. Além de ter ficado coerente (até certo ponto), não achei o visual tão zoado assim como a galera estava comentando nas redes sociais. Porém, achei um pouco desperdiçado demais e mesmo não me incomodando tanto, em uma das cenas foi impossível não o relacionar com o Mestre dos Magos, lá de Caverna do Dragão… reparem no sorriso dele em uma das cenas e vejam se não estou errado.

Hora de falar sobre aquele que roubou a cena no filme. Sim, estou falando de Kang, O Conquistador… o cara simplesmente arrebentou no filme e mostrou ser uma enorme ameaça ao Multiverso… ou será que não? Uma das minhas teorias feitas com base nos roteiros vazados do filme parece ter chance de ser real, com base em uma das falas entre de Janet, que já o conhecia e por conta de uma treta entre ambos dentro do Reino Quântico, sendo um dos motivos para Kang a querer levar para lá.

Achei bem bacana como desenvolveram a ligação entre os dois e o povo sobrevivente dos ataques de Kang no Reino Quântico, embora realmente as motivações do vilão ficarem meio obscuras e não explicadas, algo que imagino ser aprofundado nas próximas produções. E não se espantem se esse Kang virar herói lá em Dinastia Kang ou Guerras Secretas… tá muito parecido com o Thanos, que parecia ser realmente um vilão mas, aparentemente, fez o que fez por já saber dos eventos de Eternos antes de eles acontecerem.

Voltando a falar da produção do filme, achei o CGI muito bom, à exceção de algumas cenas nas quais os personagens ficaram um pouco estranhos, mas foi pouca coisa. A parte visual foi um show e amei o Reino Quântico e suas criaturas incríveis. Aliás, mereceria uma série só focando no universo das criaturas e seres de lá. Outro ponto que ajudou muito foi a trilha sonora, novamente com aquela pegada Star Wars que eu amo.

Roteiro preguiçoso? Talvez sim. Caiu na velha Fórmula Marvel? Provavelmente. Trouxe algo novo para o MCU? Com certeza, trouxe. Não teve nenhuma conexão com o MCU a não ser o vilão? É aí que você se engana… trouxe grandes conexões, sim, tanto em algumas falas específicas quanto nas duas cenas pós-créditos, com direito a duas participações inusitadas na segunda cena. Portanto, fiquem até o final, pois as duas cenas são importantes.

Meu veredito? Curti pra caramba o filme e foi um ótimo início para a Fase 5. Embora possa não parecer estar muito conectado, tem sim várias conexões com produções da Fase 4 e de vindouros filmes e séries, basta prestar atenção nos detalhes. Visual maravilhoso, bastante ação e um vilão (ou não) que chegou metendo respeito... Isso se for realmente o grande antagonista do final da Fase 6. Preste atenção em algumas falas pontuais de Janet e veja as duas cenas pós-créditos, e você vai entender o meu raciocínio. Minha nota? 8,5 com vontade de dar um 9 pela pegada Star Wars!

Na próxima semana, trarei a resenha COM SPOILERS e, aí sim, vamos destrinchar tudo o que rolou, apareceu (ou não apareceu), expectativas x realidade, conexões, referências e o que representam as duas cenas pós-créditos. Respire fundo e voe alto!