RESENHA JURASSIC WORLD: DOMINION
- Angers Moorse
- 15 de jun. de 2022
- 3 min de leitura

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
No último sábado, decidi curtir o filme Jurassic World: Dominion, o filme que fecha a trilogia iniciada em 2015. Confesso que estava sem muitas expectativas pelo filme e fui de coração aberto. Curioso para saber o que achei dele? Então, vem comigo!
Preciso dizer que sou fã de carteirinha do filme Jurassic Park, mas que achei os dois filmes seguintes da trilogia bem abaixo de seu antecessor, que foi um verdadeiro fenômeno. Dito isso, também preciso dizer que gostei muito do primeiro filme da nova trilogia, Jurassic World e que, embora a crítica não tenha curtido muito o segundo filme, achei ele muito bacana.
Assim, fui ao cinema esperando (e torcendo) para que conseguisse fechar a nova trilogia de forma épica. Contudo, não foi bem o que aconteceu. O filme entrega um roteiro arrastado e sonolento em boa parte do filme. Sinceramente, achei as 2:27h um pouco desperdiçadas.
A trilha sonora é excelente, principalmente nas cenas de ação envolvendo (ou não) os dinos. As atuações de Chris Pratt (Owen Grady), Bryce Dallas Howard (Claire Dearing), DeWanda Wise (Kayla Watts) são boas, nada que mereça nem Oscar nem Framboesa de Ouro. Nem mesmo a trinca original composta por Sam Neil (Alan Grant), Laura Dern (Ellie Sattler) e Jeff Goldblum (Dr. Ian Malcolm) conseguem transformar o filme em algo épico e marcante… se bem que o Power Trio deu aquele gostinho de nostalgia ao filme.
Sobre os vilões, nada muito acima nem abaixo do esperado, mesmo porque eles nem eram o foco principal. Após os eventos dos dois filmes anteriores, o ponto central é a tentativa de interação entre humanos e dinossauros… e é aí que fica minha outra mágoa com o roteiro, que não soube explorar bem esse foco.
Gostei bastante da personagem Maisie (Isabella Sermon), muito sagaz e esperta. Aliás, descobri que, na realidade, ela é filha de Charlotte Lockwood (essa parte me pegou de surpresa). Charlotte sabia que iria morrer e acabou criando Maisie a partir de seu próprio embrião, mas isso fez com que Maisie tivesse um distúrbio genético mortal, obrigando Charlotte a ampliar seus estudos e achar uma cura para a filha que, ao que parece, funcionou muito bem.
Só que isso trouxe algumas lacunas e que o roteiro não soube explorar bem. Por exemplo, em Jurassic World: Fallen Kingdom criou-se uma relação entre Maisie e os dinossauros, o que explicaria que seu DNA fosse a solução para a praga de super gafanhotos criada pela BioSyn nesse terceiro filme. Mas não fica claro de que forma isso acontece e se realmente acontece, porque há momentos em que ela é tão conectada aos dinos mas em outros pontos ela simplesmente não sabe como agir. Aliás, algumas coisas que cercam o passado de Maisie e Charlotte ainda estão bem nubladas.
Mas, então o filme foi um desastre total, certo? Também não é assim. Apesar de ter vários defeitos, uma coisa precisamos aplaudir: a parte de CGI e animação dos dinossauros é excelente! O pessoal sabe mesmo como criar esses animais e mexer com nossa curiosidade e provocar sensações de fofura e medo. Afinal, quem nunca se encantou com a velociraptor Blue ou com o imponente T-Rex?
Nesse filme, não foi diferente. Tivemos a presença mais que marcante de Blue e de sua filha, a Bella (ou Baby Blue), velociraptors, um parassaurolofo, apatossauro, mosassauro (esse meteu medo), o sempre presente T-Rex, therizinossauro (esse também foi sinistro), atrociraptor, pyroraptor (pensa num bicho persistente e medonho), carnotauro e alossauro, quetzalcoatlus, nasutoceratops (esse é uma fofura) e dilofossauro (o mais assustador, na minha opinião).
Resumo da ópera? Jurassic World: Dominion não foi aquela tragédia toda, mas esperava um filme bem mais coeso, com roteiro encaixadinho e que desmanchasse os nós dos filmes anteriores e trouxesse um final épico. Como fechamento da trilogia, foi bom, mas ficou aquela sensação de “ficou devendo” e aquele gostinho de “quero mais” para a próxima trilogia (certamente, teremos mais coisa chegando em alguns anos). Ah, e não tem nenhuma cena pós-créditos.
Por ora, é isso. Acompanhe nossas resenhas, pois estaremos monitorando tudo o que rolar nas telinhas e telonas. Respire fundo e voe alto!
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