RESENHA DUNGEONS & DRAGONS: HONRA ENTRE REBELDES
- Angers Moorse
- 15 de set. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de jan. de 2024

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
Essa resenha é para você fã de RPG e que curte adaptações de seus games favoritos para os cinemas. No dia 13 de abril de 2023 estreou nos cinemas o tão aguardado Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, adaptação do D&D de mesa mais amado da galera (ou um dos mais amados). Fui sem tantas expectativas para assistir ao filme e agora trago minha sincera opinião sobre ele. Prepare a pipoca e vamos nessa aventura!
De cara, vamos falar sobre bilheteria e aceitação de crítica/público. O longa custou cerca de US$ 150 milhões e teve arrecadação mundial de US$ 208,2 milhões, o que caracteriza como um prejuízo aos estúdios. Para os curiosos de plantão, para um filme ser considerado lucrativo é necessário ter lucro total em pelo menos 2 a 2.5 vezes o valor total gasto em produção + marketing. Considerando essa conta, o filme ficou longe dos esperados US$ 375 milhões.
Vendo o resultado, pode-se imaginar que o filme foi ruim… aí está seu engano! O filme teve incríveis 90% de aprovação pela crítica e 93% de aprovação pelo público (Rotten Tomatoes). Ou seja, o filme agradou os dois lados da moeda, algo um pouco comum atualmente. E se as minhas expectativas estavam neutras para o filme, minha saída do cinema foi com um baita sorriso na cara.
Visualmente, o filme é praticamente impecável. Os cenários são incríveis e trazem várias nuances bem interessantes, como artefatos, personagens e paisagens. Vários elementos do RPG estão ali e são muito bem representados. Fotografia, figurino, iluminação e cenários também são um show à parte.
Sobre a história em si, o filme consegue trabalhar com o mesmo conceito de fases do game, introduzindo novos desafios, elementos e personagens à medida que a ação vai se desenrolando. E toda essa dinâmica é brilhantemente movimentada pelo elenco, que conseguiu encontrar uma sinergia muito bacana. O bardo Edgin (Chris Pine), sua filha Kira (Chloe Coleman), a bárbara Holga (Michelle Rodriguez), a druidesa Doric (Sophia Lillis), o paladino Xenk (Regé-Jean Page) e o mago Simon (Justice Smith) formam um time incrível, quase nível Guardiões da Galáxia, muito embora Kira só se una ao time no final do filme.
A propósito, não à toa o time tem a vibe do grupo de heróis da Marvel, pois Chris Pine praticamente reprisa seu papel de Star Lord aqui, quase com o mesmo nível de humor e o jeito espertalhão. E ele consegue ser o protagonista e dividir esse protagonismo com os outros membros da equipe, que tem seus momentos de destaque e importância ao longo da trama. Fica difícil dizer qual foi meu personagem favorito, mas saí apaixonado pela Sophia Lillis… é muito fofa ela!
Pelo lado dos antagonistas, a feiticeira Sofina (Daisy Head) consegue ser muito sombria e assustadora, conseguindo me dar alguns sustos. Apenas achei que seu final foi muito mais fácil do que eu imaginava ser, mas nada que seja tão grave assim. Enquanto isso, Forge (Hugh Grant) é aquele tremendo picareta, que venderia a própria mãe em troca de poder. Ao mesmo tempo que é galanteador e simpático, ele é extremamente manipulador e um legítimo traíra, apunhalando amigos pelas costas e jogando Kira contra o próprio pai… o ator matou a pau na interpretação!
A trilha sonora é muito empolgante, com músicas viciantes, tensas e pesadas, além de momentos muito leves, relaxantes e descontraídos. Se vocês não conhecem Lorne Balfe, apenas alguns dos muitos trabalhos do compositor: "Marcella" (2016), "The Crown - Segunda Temporada" (2017), "Genius - Picasso" (2018), "His Dark Materials - Fronteiras do Universo" (2020-2023), "A Roda do Tempo" (2021-até agora), "Top Gun - Maverick" (2022), "A Guerra do Amanhã" (2021), "Unidas pela Esperança" (2021), "Projeto Gemini" (2019), "Círculo de Fogo - A Revolta" (2018), "Tempestade - Planeta em Fúria" (2017) e "Megamente" (2010), entre outros.
Embora para alguns o roteiro possa ter sido fraco e muito básico, achei que teve ótima dinâmica e ritmo. Não foi algo tão acelerado, mas também nada muito sonolento. Apenas algumas cenas ficaram um pouco mais paradinhas, mas nada que comprometa o conjunto da obra. Ah, e ainda tivemos aquele easter-egg maravilhoso da galera do desenho Caverna do Dragão na cena da perseguição no labirinto… essa sequência ficou insana!
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes não é uma obra-prima, mas entrega algo muito agradável e esteticamente bem-feito. Elenco super entrosado, antagonistas marcantes e imponentes, muitas criaturas, artefatos e paisagens fiéis ao game e muita ação e aventura da primeira à última cena. E antes que eu esqueça, só tem uma cena pós-créditos logo antes dos créditos finais. É mais uma piadinha com um defunto transformado em morto-vivo que algo potencialmente utilizável para continuação, mas vale a piada. Minha nota? 9,5 e super recomendo para toda a família!
E aí, o que achou do filme? Já jogou D&D? Qual seu personagem favorito? Diga para nós nos comentários e siga acompanhando nossas resenhas. Respire fundo e voe alto!
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