RESENHA SUPER MARIO BROS. - O FILME
- Angers Moorse
- 1 de set. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de jan. de 2024

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
Se tem um filme que os amantes e viciados em games retrô estavam aguardando ansiosamente, esse filme era Super Mario Bros. O Filme. Com lançamento em 06 de abril de 2023, o filme arrecadou US$ 1.3 bilhões em bilheterias e caiu nas graças do público, embora tenha tido aprovação baixa pela crítica (o que não conta nada, no final das contas).
Quem nunca se aventurou nos games da franquia da Nintendo e teve momentos marcantes (e muitas quebras de joysticks nos momentos de raiva) com o encanador bigodudo Mario e seu inseparável amigo Luigi? Ao todo, foram 162 jogos entre 1981 e 2021 (com Mario como personagem principal ou secundário), além de 9 jogos cancelados. Ou seja, é aventura que não acaba mais!
E o primeiro ponto positivo do filme é que ele consegue trazer essa aura de nostalgia dos games para as telonas, principalmente com os elementos dos jogos mais clássicos como Mario Kart, Donkey Kong e Super Mario 64. Vários elementos estão ali, como os cogumelos de crescimento, as tubulações, moedas e plataformas.
A parte visual foi um show à parte, com uma paleta de cores alegre e divertida, muito similar àquela dos games. E mesmo sendo um filme tão colorido, não foi algo cansativo para os olhos. E a versão em 3D foi ainda melhor, com toda aquela profundidade e imersão que vemos em poucos filmes. Afinal, não é todo filme 3D que consegue aproveitar bem a tecnologia, e esse filme conseguiu fazer isso de forma incrível.
O CGI não deixou nada a desejar, seja nos ambientes mais escuros e sombrios seja nos locais mais coloridos. Soube aproveitar muito bem cada ambiente sem tornar a cena um suplício para a visão. Outro ponto muito bacana foi a trilha sonora, trazendo mais um pouco de nostalgia à produção.
Sobre os personagens, todos são extremamente bem trabalhados e tem seus momentos de brilhantismo. Claro, há alguns que roubam a cena. Falando sobre a dupla Mario & Luigi, são extremamente carismáticos e você se apega rapidinho com eles. Embora sejam personagens de games, o filme conseguiu colocar mais algumas camadas a eles, dando aquela humanizada sem forçar a barra.
Princesa Peach consegue ser uma personagem bem empoderada e de postura decidida, mas tem também seus momentos de fofura. Já o Toad foi um dos mais legais e mesmo servindo como certo alívio cômico, não exagerava nas piadas e tiradas, trazendo a dose certa de humor. Mas quem rouba a cena é o dragão antagonista Bowser. Gente, ele foi (quase!) perfeito, com postura agressiva, mas apresentando certo charme, o típico vilão que você odeia amar (ou ama odiar).
E preciso falar sobre uma personagem que muitos acharam chata e até criticaram, mas tem explicação para ela ser tão pessimista assim ou não se importar com o futuro. A estrelinha Luma, personagem que aparece quando Luigi está preso, vive falando coisas sem sentido e deprimentes, mas isso é relacionado à história da personagem no game Mario Galaxy (2007).
No game, quando um buraco negro surge, todas as Lumas se sacrificam para salvar todo mundo, com Rosalinda surgindo em meio a um discurso de renovação de ciclos e afirmando que todas as Lumas bebês crescerão seguras e iniciarão um novo ciclo. É por isso que no filme ela não se importa em morrer, pois sabe que haverá uma renovação em breve. Pode ser que essa história seja trabalhada futuramente.
Todavia, como nem tudo são flores nesta vida, há alguns pontos negativos. O primeiro deles é que apesar de ser um filme divertido, achei o roteiro um pouco raso e desconexo em alguns momentos. Ficou meio que acarajé sem pimenta ou água sem açúcar, faltou aquele algo a mais. O segundo ponto negativo foi Donkey Kong… achei ele chato pra caramba, simples assim.
E o terceiro ponto negativo foi alguns números musicais no filme, um deles quando Bowser canta uma música falando da Princesa Peach. Pensa no soninho que bateu nessa hora… achei super desnecessário. Boa parte dos filmes estão vindo com essa mania de enfiar musiquinha no meio da trama. Não é que não gosto de música, muito pelo contrário…, mas é preciso saber quando e de que forma colocar personagens cantando músicas no filme.
E o último ponto negativo ainda pode ter certa esperança de ser revertido… calma lá que eu explico. A primeira cena pós-créditos mostra Bowser preso em uma gaiola no Reino dos Cogumelos, após ter ingerido um cogumelo de encolhimento. Já a segunda cena traz uma esperança para o meu último ponto negativo, que é justamente um ovo com pintas verdes no que parece ser nos esgotos de Brooklyn, em Nova York.
A falta do simpático dinossauro verde Yoshi no filme foi uma das ausências mais sentidas e comentadas pelos fãs, que esperavam ver Mario em sua montaria tradicional. Se você reparou bem ali pela metade do filme, uma cena rápida mostra dois dinos passeando, ou seja, certamente teremos nosso amiguinho verde dando as caras na continuação, e provavelmente com maior destaque.
Meu veredito sobre o filme: um filme superdivertido, repleto de nostalgia e cenários incríveis. O vilão Bowser rouba a cena e a dupla de protagonistas é muito carismática e pronta para encarar o que vier pela frente. embora o filme tenha alguns defeitos, é ul filme super recomendado para todas as idades. E podem preparar o console porque vem continuação por aí! Minha nota? entre 8,5 e 9!
E aí, o que achou do filme? Sentiu falta de Yoshi na animação? E qual sua opinião sobre as musiquinhas do filme? Conte para nós nos comentários e siga acompanhando nossas resenhas. Respire fundo e voe alto!
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