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RESENHA TOP GUN:MAVERICK

  • Foto do escritor: Angers Moorse
    Angers Moorse
  • 6 de set. de 2022
  • 4 min de leitura


Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!

Sabe quando você sente aquele remorso por não ter visto um filme no cinema, com aquela tela gigante e aquele som Dobly Atmos que te deixa literalmente nas nuvens? Top Gun: Maverick é um desses filmes, que merece ser visto no cinema ou, se você for alguém agraciado, em sua sala particular de Home Theatre (o que não é meu caso).

Mas nem por isso deixaria de curtir esse filme, que gerou muito hype e expectativa entre os fãs do clássico de 1986. E posso dizer sem medo de errar que o filme não só atendeu as expectativas, como também superou algumas delas. Quem nunca viu Top Gun: Ases Indomáveis, teve um filme coeso, bem encaixado e que trouxe muita ação e emoção. E para quem é fã ardoroso do original, teve vários momentos nostálgicos e que arrancaram algumas lágrimas.

Para quem não conhece a trama, a história se passa mais de trinta anos da história original, com Maverick retornando ao programa Top Gun como instrutor, com a missão de preparar um pequeno grupo de pilotos para uma missão praticamente suicida. A partir desse ponto, uma série de acontecimentos desencadeará em muita ação, lembranças, disputas e momentos de tensão, além das várias conexões ao clássico de 1986.

Impossível falar sobre o roteiro sem falar ao mesmo tempo sobre as ligações entre os dois filmes, mesmo porque o co-protagonista do primeiro tem seu filho como co-protagonista no novo filme. Rooster (Miles Teller), o filho de Goose (Anthony Edwards), agora é um dos pilotos treinados por Maverick (Tom Cruise) para a missão, mas não sem antes enfrentar certa rivalidade com Hangman (Glen Powell), tudo isso sob os olhares preocupados dos Almirantes Chester "Hammer" Cain (Ed Harris) e Solomon "Warlock" Bates (Charles Parnell) e do Vice-almirante Beau "Cyclone" Simpson (Jon Hamm).

E no meio disso tudo, temos as presenças de Penny Benjamin (Jennifer Connelly) e Amelia Benjamin (Lyliana Wray), esposa e filha do falecido Goose, respectivamente, criando uma espécie de laço familiar com Maverick. Por falar no Goose (não confundam com o gato Flerken de Capitã Marvel, please), ele apareceu em algumas cenas de flashback, incluindo a icônica cena dele e Maverick tocando piano e cantando a música Great Balls of Fire (aí já rolou uma lágrima).

E para aumentar ainda mais a dose de emoção, tivemos a presença mais que ilustre de Tom “Iceman” Kazanski (Val Kilmer), em uma cena que fez muito marmanjo chorar. O reencontro dele, agora em estado terminal, com Maverick foi de cortar o coração. Sem dúvida alguma, a cena mais linda, emocionante e especial do filme!

Quando anunciaram a continuação, meu primeiro pensamento foi “por favor, não avacalhem com o roteiro”. Para meu alívio e alegria, ouviram as minhas preces e fizeram o melhor roteiro possível, encaixando perfeitamente cada situação e personagem dos dois filmes. Sério, fazia tempo que não assistia a um filme de continuação com um roteiro tão bem escrito!

E não temos como falar em Top Gun sem lembrar de dois pontos cruciais (tirando Tom Cruise, obviamente), que são as cenas de voo e a trilha sonora… e ambas foram sensacionais! Sobre as cenas com os aviões, ficaram ainda mais impactantes e empolgantes, com manobras pra lá de ousadas e que desafiam os limites de qualquer piloto. As aeronaves utilizadas foram o F/A-18E Super Hornet, o P-51 Mustang, o Su-57 e o F-14 Tomcat… sobe o volume da TV porque você precisa escutar o som dessas belezinhas!

Falando sobre a trilha sonora, só posso dizer que foi perfeita, mostrando que Hans Zimmer é um dos melhores compositores em atividade no cenário mundial, se não for o melhor. O cara não erra uma trilha e em Top Gun: Maverick não foi diferente. em relação à música Hold My Hand (Lady Gaga), muitas pessoas ficaram criticando a e a comparando com a inesquecível Take My Breath Away (Berlim), mas confesso que amei essa música da Lady Gaga e achei que ela se encaixou perfeitamente no filme.

Se eu fosse comparar as duas músicas em relação ao momento em que aparecem, diria que ficou nota 9,9 para Lady Gaga e nota 10 para Berlim… é só um detalhe mínimo de emoção que ficou faltando, talvez apenas encaixando ela em outra cena, mas nada que torne ela menos impactante ou importante que o clássico de 1986. Por outro lado, I Ain’t Worried (One Republic) ficou top demais no filme, trazendo muito bem a vibe despojada e descompromissada do filme.

E nem preciso falar sobre fotografia, efeitos visuais e sonoros, que deram ares levemente sofisticados à história e trouxeram cenários belíssimos. Sobre as atuações, todos foram perfeitos em seus papéis e tiveram brilho em seus tempos de tela. Sinceramente, não conseguiria destacar apenas um ou dois, pois todos foram igualmente importantes na trama. Mais uma vez, parabéns aos produtores e roteiristas!

Resumo do filme: melhor filme do ano até agora, com roteiro excelente e sem furos, atuações maravilhosas, muita ação, emoção, suor, testosterona e perseguições aéreas de tirar o fôlego. Na minha opinião, fortíssimo candidato ao Oscar e possivelmente com indicações em seis ou sete categorias. e espero que não façam outra continuação tão cedo só por causa da grana (sabemos que sempre dá errado).

Quem sabe, daqui a outros 36 anos possamos ver um novo filme trazendo o legado de Maverick sob a ótica de Rooster. Espero que Tom Cruise ainda esteja bem vivo e em atividade para fazer a mesma participação especial que Val Kilmer fez em Top Gun: Maverick… seria um ótimo fechamento para uma trilogia!

Se você não viu, não perca tempo e, se já viu, vale a pena ver de novo! e fiquem de olho no Insta e no site porque a semana será recheada de resenhas. Respire fundo e voe alto!

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