RESENHA MS. MARVEL - EPISÓDIO 3

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!

Para quem esperava uma série muito mais despojada e sem muitas lutas, caiu da cadeira no terceiro episódio, que foi bastante movimentado. Algumas descobertas interessantes sobre o passado de Aisha (bisavó de Kamala), ligações com Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e várias cenas de lutas pra lá de agitadas e esteticamente incríveis. Vem comigo, que eu conto tudo a partir de agora!

O episódio começa com as consequências da primeira experiência de Kamala Khan como heroína e a descoberta de alguns de seus poderes por conta do bracelete. Nota-se que ela está em grande conflito consigo mesma, uma adolescente que apenas quer ser valorizada e reconhecida em seus grupos mas que, ao mesmo tempo, descobre-se portadora de poderes cósmicos, conhecida como Luz da Noite.

Porém, antes disso temos um breve vislumbre do passado de Aisha e a descoberta de um dos braceletes. E é justamente nesse ponto que meus neurônios começaram a teorizar sobre eventuais ligações com Shang-Chi. Tá, mas no filme eram dez anéis (ou braceletes, como queiram) e aqui é dito que são apenas dois. E qual a ligação entre o filme e o episódio, você deve estar me perguntando agora? Reparou que o símbolo da organização dos Dez Anéis aparece nesta cena?

Outro detalhe é que a coloração e algumas inscrições do bracelete lembram muito algumas inscrições que aparecem no filme Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. Além disso, são dois heróis urbanos, orientais e com poderes cósmicos. Pode até ser que tanto os dez anéis quanto os dois braceletes tenham vindo do mesmo lugar, uma vez que o grupo de Aisha é de outra dimensão, da mesma forma que as criaturas mágicas e os misteriosos poderes dos anéis.

E mais, descobrimos nas conversas entre Kamala e Kamran e sua mãe, Najma, que o Noor (Luz) foi despertado quando a jovem ativou o bracelete, fazendo com que Najma e seus aliados sentissem seu poder. Conhecidos como Clandestinos, Ajnabi, Majnoon, Invisíveis ou, mais popularmente, Djinns, a revelação acaba causando um verdadeiro terremoto na cabeça de Kamala.

E olha a Marvel fazendo mais e mais ligações aí! Teve referência direta a um estudo do Dr. Erik Selvig sobre viagens interdimensionais, algo que pode ter ligação direta e explicar até mesmo sobre a Dimensão Noor. Um pouco mais adiante, vemos que o Departamento de Controle de Danos anda à procura da Luz da Noite, ino até a mesquita para investigar o caso. Talvez eles já sabem de algo a mais a respeito dos poderes dos braceletes e querem evitar alguma tragédia… ou causar alguma, pois ainda não sabemos exatamente qual é a deles.

Voltando ao episódio, tivemos os preparativos para o casamento de Aamir, com uma frase bem interessante do Senhor Khan para Kamala que mencionarei no final da resenha e que faz todo o sentido para nossas vidas. Foi legal ver muitas das referências e costumes da cultura indiana no casamento e na festa. Isso traz além de conhecimento e cultura, quebra vários paradigmas e preconceitos que podem existir sob a ótica de outras religiões… tem muito disso também.

Rolou até mesmo dancinhas típicas, com direito a coreografia de Kamala e Bruno (são muito fofos os dois juntos!), até os Djinn chegarem à festa e a pancadaria e ação rolarem soltas! Achei que as lutas foram excelentes, com Kamala usando seus poderes para escapar dos Djinn enquanto o DODC (Department of Damage Control) também fez suas investidas contra o grupo. Kamala e Bruno fogem, mas o segredo da heroína é descoberto por Nakia, terminando com o enfrentamento de Kamala com sua família… o clima ainda vai ficar tenso entre eles nos próximos episódios e teremos altas descobertas pela frente.

Sobre as referências (além daquelas já citadas), tivemos os Clandestinos, que teve ligação nas HQs com os X-Men (olha lá), Invisíveis (Uatu, o Vigia, era um desses seres, podendo até mesmo explicar a origem dos poderes dos braceletes), mais um QR Code (em um dos cartazes à esquerda da mesa do quarto de Kamala), que remete à edição The Magnificent Ms. Marvel #1, de 2019, música de Bon Jovi rolando na festa e nas lutas, referências aos Kree (o braço azul decepado com o bracelete no início do episódio) e Inumanos (por conta do despertar dos poderes de Kamala).

Para finalizar o episódio, ainda tivemos uma cena em que Najma e Kamala vêem um trem com a inscrição Karachi e, na última cena, Nanin pergunta se Kamal viu o trem, pois ela também o viu e diz para a jovem ir até Karachi. Resumo do episódio, não faltou ação, emoção, lutas e cenas engraçadas. Ah, e lembre-se: o que importa não é você ser bom ou mau… o que importa é fazer sempre o bem!

Na próxima semana, mais uma resenha dessa série incrível e com muito potencial! Respire fundo e voe alto!