RESENHA SHE-HULK - EPISÓDIO 1
- Angers Moorse
- 19 de ago. de 2022
- 4 min de leitura

Salve salve, aventureiros e aventureiras de Atlântida!
E lá vamos nós para mais uma série da Marvel Studios, dessa vez trazendo a advogada mais casca grossa do UCM (porque o advogado mais badass todos nós já conhecemos). Hora de apresentar Jennifer Walters, a She-Hulk, ao UCM e conhecer um pouco sobre a personagem na série. Prontos para muita ação e comédia? Então, lá vamos nós!
Se você é daqueles que gosta de produções mais sérias, com muito sangue e ossos quebrados, muita calma nessa hora porque a proposta de She-Hulk é ser uma série bem escrachada e cômica, o que não significa que ela é piegas ou parada. E o primeiro episódio já deixa isso bem claro ao mostrar o surgimento da personagem e sua relação com Bruce Banner, na forma de Professor Hulk.
Não quero parecer esperançoso demais, mas esse Hulk da série parece ser muito melhor que o que vimos (ou que não vimos) em Vingadores: Ultimato. Sei não, mas isso tá com cheirinho de coisa boa vindo em um futuro não tão distante assim (oremos). Mas voltando à ao episódio, Jen Walters começa quebrando a quarta parede e nos contando como se transformou em She-Hulk.
A sinergia entre ela e Bruce/Professor Hulk é pra lá de hilária, rolando até disputa entre os dois para ver quem é mais forte. Enquanto Bruce tenta convencer Jen que nada mais será como antes, ela tenta negar sua nova vida. É a famosa Jornada do Herói em sua fase de negação sendo explorada já no início da série. Ao final, ela acaba entendendo que não tem outro jeito e acaba enfrentando Titânia bem no finalzinho do episódio.
Sobre o CGI, não achei que ficou tão zuado assim, poderia ter sido bem pior. Na verdade, achei até que ficou bem feitinho. E, sejamos sinceros, o que vale mesmo é o enredo, pis de nada adianta ter um CGI maravilhoso com um roteiro péssimo, concordam? E no quesito roteiro do episódio, achei que acertaram em cheio no tom de seriedade e humor, embora um pouco acelerado demais.
Sem perder mais tempo, vamos às referências e easter-eggs. O primeiro ponto portador de neurônios é a referência a um personagem da família de Bruce chamado Ched. Porém, não existe nenhum Ched nas HQs… e agora? Será que Hulk tem um meio-irmão perdido em algum lugar? E aproveitando o gancho do Ched, não seria ele o piloto da nave Sakaaran Classe 8 que causa o acidente de carro de Bruce e Jen, responsável pela transformação da advogada na heroína Esmeralda? Aí tem coisa!
Um dos easter-eggs é o aparelho usado por Bruce Banner para controle de raiva, o que vai ao encontro da cena pós-créditos de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis. E mais, a "terapia comportamental dialética" mencionada por Bruce é real, utilizada para tratar pacientes com transtorno de personalidade limítrofe, para regular a emotividade extrema e seus impulsos… por isso ele consegue permanecer em sua forma humana.
Teve também referências à personagem Bing Bong, amigo imaginário da Riley e um dos eventuais gatilhos para acionamento da raiva em Jen, transformando-a em She-Hulk. Referência também a Natasha Romanoff e sua canção de ninar que ela usava para acalmar Bruce quando Hulk assumia o controle.
Informação (nem tão) relevante: a cena pós-créditos responde à teoria de Jen sobre a virgindade de Steve Rogers… ele teve sua primeira noite durante um encontro em 1943 durante uma viagem da United Service Organizations, onde sempre havia várias garotas fantasiadas de Cap. Uma delas teve a sorte de ser a primeira da fila, mas isso jamais saberemos.
Também tivemos várias referências a Tony Stark, incluindo um de seus capacetes. Além disso, todo o laboratório secreto de Bruce Banner foi construído por ele e Tony Stark. e se você reparou, há na mesa do bar as iniciais B.B. e T.S. (respectivamente, Bruce Banner e Tony Stark)… a amizade é linda!
E mais easter-eggs e referências… se você reparou quando Jen procura por Bruce no bar, há um QRCode que, quando escaneado, remete à HQ The savage She-Hulk #1 (confira ela clicando aqui). Outro easter-egg é a máscara usada em Sakaar nas comemorações das vitórias do Hulk, além do capacete que o gigante usa na luta contra Thor. Finalizamos uma referência inusitada a Oscar Isaac também apareceu… Jen comendo salgadinho usando o hashi (aqueles pauzinhos japoneses), algo que ele fez em Cavaleiro da Lua.
Resumo do episódio: curti muito a pegada dele e, ao que parece, a da série como um todo. Seriedade e humor na dose certa e sem excessos ou ausências. Muitas referências, algumas perguntas respondidas e outras novas dúvidas que fritarão nossas cabeças por mais um tempo.
Minha única ressalva é a aparição da vilã Titânia sem razão aparente, o que espero ser trabalhado melhor no decorrer da série, uma vez que é a maior vilão de She-Hulk nos quadrinhos. E espero que isso não aconteça também com outros vilões na série.
Na próxima semana, mais uma resenha dessa série super hilária e que ainda promete muita ação e participações pra lá de especiais! Respire fundo e voe alto!
Comentários